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domingo, maio 11, 2008

If we seek truth, we shall find beauty 

He who seeks truth shall find beauty.
He who seeks beauty shall find vanity.
He who seeks order shall find gratification.
He who seeks gratification shall be disappointed.
He who considers himself the servant of his fellow beings shall find the joy of self expression.
He who seeks self expression shall fall into the pit of arrogance.
Arrogance is incompatible with nature.
Through nature, the nature of the universe, and the nature of man, we shall seek truth.
If we seek truth, we shall find beauty.

If we seek truth, we shall find beauty Architect Moshe Safdie

domingo, dezembro 10, 2006

Johan Henrik Andresen 

"Johan Henrik Andresen tinha catorze anos quando decidiu fugir de casa dos pais, em Fohr, uma das ilhas Frísias, na Dinamarca. Porque se zangou com a severidade do pai ou por qualquer outra razão. Como quer que tenha sido, reza a lenda familiar que se alistou como grumete no primeiro barco que viu no porto de Fohr e, vários dias depois, deu consigo numa terra estranha, de gente morena cuja língua não entendia. Era o Porto, em Portugal. Perdido e sem recursos, num país estrangeiro, pôs-se a chorar e foi assim que o encontrou um armador da cidade. Este levou-o para sua casa, onde o fugitivo foi acolhido e tratado como um filho, tanto que cinco anos depois já estava estabelecido por conta própria, vindo a tornar-se um dos mais prósperos empresários da cidade, e casando-se com uma portuense, assim dando origem a um ramo materno da minha família – os Andresen do Porto.

Reza ainda a lenda, quando o seu filho primogénito estava para nascer, Johan Henrik escreveu para casa, pedindo o perdão e a bênção paternas. Respondeu-lhe a mãe, dizendo que o pai nunca mais o queria ver nem ouvir falar dele. No entanto, fazia-lhe um pedido: que o seu filho mais velho fosse baptizado com o nome de Johan Henrik e o filho desse também, e assim sucessivamente, conforme era tradição familiar. Desta forma nasceu o ramo português da família e o primeiro de uma linhagem de Joãos Henriques Andresens, que vai já na quinta geração. Ligaram-se ao negócio do vinho, fundaram um vinho do Porto com o nome da família – o Porto Andresen – e o Boavista Football Club, antes que os seus descendentes tivessem degenerado adeptos do menos aristocrático mas mais compensador Futebol Clube do Porto. Foram comerciantes, vinhateiros, armadores, protestantes, caçadores e nostálgicos. Baptizaram gerações de filhos com nome nórdicos, adaptados ao português – Elsa, Gardina, Olga, Teodora, para as mulheres e Gustavo, Guilherme, Thomaz ou o inevitável João Henrique para os homens.

Quando morreu, sem nunca ter voltado a ver as brumas da sua terra, Johan Henrik deixou, por sua vez, um desejo para se cumprir: que o enterrassem onde pudesse ver o mar. A família enterrou-o em Agramonte e o seu desejo foi cumprido até que o “progresso” lhe veio tapar a vista com as construções modernas do Campo Alegre e da Boavista. Avisado, porém, encarregou o mestre Teixeira Lopes de lhe esculpir uma escultura de um barco naufragado, que ficou colocada sobre a sua pedra tumular, em sinal das suas reminiscências vikings e também como símbolo do impossível regresso a casa. Ao menos assim, quem sabe, terá embarcado para a eternidade, tal como os antigos egípcios acreditavam.

Todavia, a dissidência portuguesa não foi a única em que dispersou a estirpe nórdica. Outros Andresen passaram à Alemanha e chamaram-se Hans Heinrich, outros à América Latina, sob o nome de Juan Enrique e outros emigraram para os Estados Unidos, onde foram os John Henry Andresen. Um dia, realizando um trabalho de pesquisa sobre a colonização portuguesa na Amazónia, na época da borracha, fui à Biblioteca Municipal de Manaus consultar jornais da …….. encontrei diante de uma fotografia de um senhor loiro, de barbas, que me pareceu familiar, sem saber explicar porquê. A fotografia encimava uma notícia necrológica e a legenda a que ela dizia respeito rezava assim: “O Sr. João Henrique Andresen, da Associação de Comerciantes de Manaus e um dos fundadores e beneméritos do Teatro Amazonas”. Então, percebi o que havia de extraordinário naquela fotografia: é que ele era igual a mim, quase traço por traço. Lembrei-me do que tinha lido num livro do Corto Maltese: quando encontramos alguém igual a nós, é sinal de morte. A partir dai, e no pouco tempo que tive para pesquisar, procurei descobrir o que podia sobre aquele personagem. Mas não consegui apurar se era um Andresen emigrado directamente da Dinamarca para a Amazónia ou se era o João Henrique I ou II, meus avós do Porto, que forma ambos armadores da carreira, Porto-Lisboa-Belém-Manaus.

Mas a fotografia, essa não enganava: com duas gerações de intervalo e dois continentes a separar-nos, ele era fisicamente igual a mim. E ali estavam, naquele rosto, o meu avô, a minha mãe, os meus tios. Os mesmos olhos claros que, não fosse a fotografia a preto e branco, seriam azuis – ou cinzentos ou verdes, conforme a luz que vem do mar – e o mesmo olhar, que é uma marca da família e que tão depressa está preso ao mundo, às conversas e aos outros, como de repente se ausenta, a meio de uma conversa, como quem regressa a casa. A mesma, insondável e incompreensível, nostalgia boreal, essa saudade do norte em pleno sul, esse absurdo desejo de neblina no esplendor da luz – mesmo em Manaus.

Alguns de nós, Andresen, nascemos com veia de contadores de histórias. Eu também cultivo o género – umas vezes por profissão, outras por distracção. A noite passada, tendo de improvisar uma história para adormecer o meu filho mais pequeno, lembrei-me de lhe contar esta. Acrescentei a lenda, com tempestades no Golfo da Biscaia, dramas na Ribeira e romances no Douro. Deliberadamente, para que ele, por sua vez, acrescente outras lendas, mais tarde. Pensando bem, acho que essa é uma das funções da família: que cada geração imortalize as anteriores. Não sendo assim, só nos resta a previsibilidade destes tempos sem antepassados escondidos em porões de navios, pais ausentes que enviam ordens severas sob as quais esconde a fraqueza dos sentimentos e avós que fundam teatros barrocos na Amazónia.

(ao meu tio Gustavo Andresen, o guardião destas coisas)"

terça-feira, julho 18, 2006

... a minha avó (10/07/1913) 

2 julho de 2006

lá fora já é noite e escuro ... cá dentro está um menino assustado, alguém que quer carinho, e encolher-se todo no sofá com a cara no colo da avó que fazia festas e dizia que eu era lindo, que queria a minha companhia e atenção e ficava muito contente comigo a seu lado, dando me aulas de Francês, ajudando-me nos trabalhos de casa. Ela ficava sorridente e feliz de me ver, e chamava por mim, queria-me do seu lado, gostava muito de mim.

Mais tarde já era eu adolescente, e era eu quem vinha de mota visitá-la, lanchava e ficava a conversar com ela e com a empregada, a D. Lurdes. Elas ficavam as duas contentes e eu também, às vezes eu não tinha aulas e vinha com sono dormir até casa dela, e dormia no sofá após beber um chocolate quente e umas bolachihas.

A minha avó mimava e que bom que era, que bem que sabia, tenho saudades disso, tenho saudades dela e do seu amor, queria que ela estivesse aqui junto de mim, com o seu sorriso lindo, pedindo atenção, querendo beijinhos e trazendo chocolates para nós, a nossa alegria da semana, os nossos maltesers, que nos faziam istantaneamente felizes.

Que amor mais bonito que o de uma avó? que amor mais fácil, sem exigências que não a presença, o carinho, a atenção ... sem obrigações.Queria que neste natal a minha avó viesse donde está visitar-nos e se senta-se à mesa, e dissesse que queria presentes, e fizésse birra para ser a primeira abrir os presentes.

terça-feira, maio 16, 2006

A inspiração é um momento de iluminação no qual nos sentimos energizados e capazes de
ver mais longe...

Hoje fizeste-me sentir inspirado, iluminado, feliz.

As noticias que me deste foram catastróficas aparentemente, mas indicaram um caminho,
uma possibilidade ...

ok vou começar de novo, não era isto que queria escrever ... o que queria escrever é o
que eu senti naquele momento, em frente ao mar, na foz ... a olhar nos teus olhos, a
falar contigo com tal clareza, transparência, inspirado pela tua frontalidade e por um
carinho incrivel, avassalador, uma vontade de te proteger, de te dar tudo e te fazer
feliz para sempre ... isto tudo, ou algo parecido foi o que senti. Mas enquanto isso tu
contavas dos teus planos de ires viver nessa terra, terra longinqua junto dos teus pais,
junto do teu pai que te deu vida duas vezes, junto da tua mãe o qual o melhor presente
que ela teve foi uma chamada intercontinental a perguntar o que ela queria de
aniversário.

Eu deveria estar triste? Pois não, estou muito feliz, talvez porque sou inconsequente,
talvez porque não vejo a grande dor e trevas que podem vir em Dezembro, talvez esteja
muito feliz, pois já me deste muito.Fizeste o mundo sorrir, brilhar, os teus olhos... eles prenderam-me quais amarras
gigantes que me entrelaçaram e me deixaram entre o extase, o sorriso inevitável e quase
timido, como se fosse uma criança e de repente descobrisse algo fantástico ... algo
incrivel ...algo muito bom


Tu és bonita, muito bonita, emanas uma luz, uma sinceridade, uma transparência, que te
fazem leve, super leve ... e me fazes feliz

Sim descobris-te algo em mim ...sou 1 em 100 :) muitas pessoas tem todas as
caracteristicas que eu tenho ... divertido, animado, bem disposto ... não tenho medo nem
vergonha de ser o que sou, assumo o que sou, gostem ou não gostem. Sou autêntico, sou
aquilo que sou...

O que leva uma pessoa desta vida? não se deve desperdiçar oportunidades de nos deixarmos apaixonar perdidamente?

Faz-me sonhar ...muito por favor ...quero sonhar .... voar, mas rentinho ao solo como tu
dizes ... ou mesmo com os pés no chão.

Que tem os teus olhos ... o teu sorriso, que ainda o consigo ver agora à minha frente.

Que faço, evito? Disse uma velha sábia: "Se ela for boa pessoa ...investe nela".Tu és boa pessoa ... que faço agora?
"Estamos a encontrar-nos vezes demais, depois vai ser dificil, depois vamos sofrer os
dois ... quando estivermos longe..."
deus ... estou a chamar deus ... o amor é fantástico ... amor ...paixão, seja lá o que
for é muito bom
deus é amor, amor é deus ...iluminação

Deus !! Como é bom!


quinta-feira, março 23, 2006

I want to see your face in every kind of light
In fields of dawn and forests of the night
And when you stand before the candles on a cake
Oh, let me be the one to hear the silent wish you make
What are you doing the rest of your life?
North and south and east and west of your life
I have only one request of your life
That you spend it all with me
All the seasons and the times of your days
All the nickels and the dimes of your days
Let the reasons and the rhymes of your days
All begin and end with me
I want to see your face in every kind of light
In the fields of dawn and the forests of the night
And when you stand before the candles on a cake
Oh, let me be the one to hear the silent wish you make
Those tomorrows waiting deep in your eyes
In the world of love that you keep in your eyes
I’ll awaken what’s asleep in your eyes
It may take a kiss or two
Through all of my lifeSummer, winter, spring, and fall of my life
All I ever will recall of my life
Is all of my life with you

Frank Sinatra

segunda-feira, março 20, 2006

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vue deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Jacques Brel (canta)

quarta-feira, novembro 30, 2005

SUCCESS !! 

To laugh often and much;
To win the respect of intelligent people and the affection of children;
To earn the appreciation of honest critics and endure the betrayal of false friends;
To appreciate beauty, to find the best in others;
To leave the world a bit better, whether by a healthy child, a garden patch or a redeemed social condition;
To know even one life has breathed easier because you have lived.

This is to have succeeded.


Ralph Waldo Emerson

segunda-feira, novembro 21, 2005

Parabéns, poeta... velho! 

"Um poeta é um fingidor,
finge tão completamente,
que chega a fingir que é dôr,
a dôr que deveras sente

E os que lêem o que escreve,
na dõr lida sentem bem,
não as duas que ele teve,
mas só a que ele não têem

E assim nas calhas de roda, gira,
a entreter a razão,
esse comboio de corda,
que se chama coracão"

Fernando Pessoa

sábado, novembro 12, 2005

Impromptu 

Do you ever
wish
to shatter in silence
to gather up all the chords on earth
and to compose the most beautifull symphony
just yourself

Do you ever
wish
to bury blackness
to reach out for all colours
and to paint the most beautifull canvas
just for yourself

to crumble all space
to capture all time
to build an eternal castle
to hide away in it
outlive everyone
just yourself

(Macedonian poetry)

Abraca-me Suecia 

São 7 da manha em Bjorrod, uma pequena aldeia no sul da Suécia, lá fora a imensa escuridão nórdica é invadida pela luz crescente do nascer do dia, cá dentro o calor e o conforto aquecem-nos e abraçam-nos. As muitas luzes quentes, as imensas velas típicas das casas nórdicas, são a expressão mais visível da força do povo nórdico. Um povo que adora a natureza, que a respeita, nutre e cuida. Um povo implacável quanto à falha das pessoas, contra a corrupção, contra a fraude, que admira o trabalho, que valoriza o esforço, valoriza os resultados e valoriza as pessoas.Este povo passou por muitas dificuldades e privações, por muitos Invernos duros, por fome, por isolamento ... mas hoje está aberto ao mundo, os suecos participam e viajam aos outros países, mesclando-se nas outras culturas e países, adaptando-se e absorvendo os hábitos, a culinária, o saber viver latino, o calor humano da música, da dança e da alegria...

Is life a dream - or are the dreams filled with life 

Um dia o apelo Nórdico foi mais forte do que eu!
Sem eu notar, fez com que atravessa-se a Europa no sentido oposto ao que o meu tetravô fez um dia quando chegou ao Porto para ficar.
E partir do Porto, numa viagem de sonho, numa viagem às origens, numa viagem "sem regresso".
Infindáveis são as aventuras, as experiências interessantíssimas, os contactos fortes com outras culturas tão diversas, as dificuldades, as horas de solidão e as saudades da “Home Sweet Home”.Quando um homem deixa de olhar as estrelas deixa de sonhar – portanto volta e meia é preciso pararmos deitarmos no chão, sentir a terra viva por debaixo de nós, olharmos para o céu e contemplar a maravilha que é estarmos aqui.
É essencial, relembrar o infindável numero de encontros com desconhecidos, com os que se tornaram nossos amigos, com a nossa família, com os nossos sonhos ... o encontro ... connosco.E fácil cometer o erro de seguir a vida, e nunca parar para pensar, agir a cada momento, viver numa roda-viva de emoções, de viagens, de acontecimentos num ritmo alucinante – mas nada disto valoriza o nosso interior, nada disto nos enriquece o espírito e aquece o coração, se não formos capazes de parar e olhar para trás; de parar e meditar sobre ontem, sobre a semana passada, sobre os anos passados, sobre hoje.

quarta-feira, outubro 26, 2005

SUCESSO !! 

O sucesso de uma pessoa não se mede pelo que consegue obter na sua vida ...mas sim pelo que tem de abdicar para o atingir ...

De repente acordei e já não era criança.. 

Num dia de sol, num bonito dia, bem disposto, acordei.
Estava cheio de apetite, queria pular, correr e saltar... viajar pelos cantos do mundo, ouvir musicas exóticas e comer comidas de outros mundos...
Levantei-me e ao passar pelo espelho vi o reflexo de um estranho...
Assustei-me... eu estava sozinho em casa... como puderia alguém lá ter entrado... seria alguém perigoso?
Rapidamente saí da casa de banho assustado. Não queria acreditar... era eu...
Já não era mais aquela criança, pequenina, que me punha em bicos de pés para me ver ao espelho, não era aquela criança que adorava desenhos animados e doces, e para a qual a idéia de paraíso era brincar com os primos na quinta dos avozinhos. Já não era mais aquele ser de cara inocente, naif, que acreditava que todos eram meus amigos, e que os príncipes e princesas viviam felizes para sempre.
Que susto tive de novo...
Bastantes dias mais tarde, com uma foto da infância na mão, fiquei petrificado. Quase já não a reconhecia, uma criança tão pequena e magrinha, com a roupa da escola e um sorriso de orelha a orelha, dentes de leite, cabelo liso e com repas, ombros fininhos e pele lisinha.
Que se passou? Quem me levou essa criança? Que me fizeram? Que me fez o mundo e a vida?
Quem decidiu que eu tinha de crescer? Porquê? Para quê?
... é o ciclo da vida... dizem os sábios... aqueles sábios que apareciam nos nossos livros de criança e nos nossos sonhos...
Às vezes imagino que se fosse possível cruzar-me na rua (agora do mundo dos
grandes) comigo próprio do mundo dos pequenos, será que reparava em mim?
Será? Será que iría querer brincar comigo? Que me ia deter no meio da rua, parar e falar com essa já estranha pessoa? Será que a reconhecia e decidia atirar os livros, responsabilidades e conquistas, pela liberdade de sonhar todo o dia, correr pelos campos e brincar?

sexta-feira, outubro 21, 2005

Como tudo começou... 

Tudo começou mais ao menos hà cerca de aproximadamente 4 mil milhões de anos atrás... houve uma grande explosão térmica a que mais tarde se comumente chamou de Big Bang. É o que dizem. Mas eu, para variar, contrario.

Para mim tudo isto começou quando eu tinha 14 anos. O Pedro é uns meses mais velho e aproximava-se o seu décimo quinto aniversário. Por essa altura não nos conheciamos bem e, posso até dizê-lo, nutriamos uma certa antipatia mútua. Ao contrario de nós, nossos irmãos davam-se bem. Nesse dia eu acompanhei o meu a casa deles. Quando lá cheguei o Pedro jogava computador, um Commodore Amiga 64 que humilhava gráficamente o meu modesto Sinclair Spectrum 48k. Enquanto os nossos irmãos conversavam fui convidado a jogar com ele. Ambos dominávamos a técnica e, até ao dia, julgávamos-nos os melhores. Tornava-se importante e imperioso arrasar o adversário, mas nas horas que se seguiram até o meu irmão me chamar para irmos para casa os nossos jogos continuavam empatados. Sentia-me ultrajado e desiludido. Presumo que o Pedro também tal o seu espontâneo convite para eu voltar no dia da sua festa de anos. Sem hesitações aceitei.

Ambos sabíamos da extrema importância de uma vitória inequívoca no nosso próximo encontro. O Pedro comemoraria o seu aniversário e estaria na sua própria casa rodeado pelos seus amigos. Essa vantagem iria permitir-lhe mostrar todas as suas capacidade e a sua supremacia. Para mim, não haveria nada de mais grandioso conseguir a vitória na casa do adversário. Como me sentia em desvantagem idealizei um plano troiano para virar a vantagem para o meu lado. O Pedro nada planeou pois nunca duvidou da vitória.

Quando cheguei à festa de anos, naquele sábado à tarde, estavam todos espalhados pela casa. Tudo mudou depois de entregar ao aniversariante o grande embrulho que trazia. Depois de aberto os olhos dele brilharam ao ver o "machado de guerra". Um joystick Cobra II, o melhor e mais recente comando de jogos da altura. Nesse momento, todos se reuniram no quarto para o duelo. O que ninguém sabia é que eu tinha um comando igual com o qual já praticara e me habituara. A grande derrota estava montada. Para piorar a situação do Pedro a maioria dos convidados quis que o jogo oficial do dia fosse de futebol. O jogo que o Pedro nunca jogara, por não gostar. Confesso que tive sorte mas também foi útil a cumplicidade com o seu irmão mais velho. Os jogos foram arrasadores, o Pedro acabou por ser afastado da ribalta e, para além do mais, fui convidado a ficar até mais tarde com o Gonçalo a jogar Kick Off 2.

E foi aí o início.
A partir desse dia somos inseparáveis... mas em constante competição!
Passados 15 anos, este Blogue serve mais uma vez para provar que além de escrever melhor, tenho mais piada.
E o Pedro prepara-se para mais uma humilhante derrota.

Boa sorte (vais precisar),
Fred

terça-feira, outubro 18, 2005

A arte do sabonete lamina! 


Viva caros ouvintes! :)

Tenho de vos dizer uma coisa existem pequenos actos incríveis e pequenos que as pessoas mantém uma vida inteira que são difíceis de compreender. Quando vemos outras pessoas a tê-los não os conseguimos compreender.Um que sempre foi um mistério para mim é: "Porque é que o meu pai, usa sempre um sabonete ridiculamente minúsculo?", daqueles sabonetes de hotel minúsculos, que não dão jeito nenhum?Será para poupar?...nãoSerá por hábito? Ou será porque alguém lhe disse a importância de usar um sabonete até ao fim, até ao momento em que se desfaz nas mãos? Ainda por cima são super duros e quase não fazem espuma!
Será que algum de vocês também conhece alguém assim? Já me estou a lembrar daquele filme de Amelie de Monmarte....é demais ver alguns dos hábitos engraçados e inesperados que cada pessoa tem. São justamente esses hábitos que às vezes achamos imensa piada e dos quais nos rimos, como outras vezes nos irritam tanto, e nos fazem berrar com as pessoas.
Um que eu tenho é ... que é secreto é ...hmm...ok fica para a próxima vez.. já é tarde ...

quarta-feira, outubro 12, 2005

compreender ( v. tr. / v. refl. ) 

do Lat. comprehendere

v. tr., perceber;
entender;
conhecer as intenções de;
conter em si;
abranger;
incluir;
dar o devido apreço;
v. refl., estar incluído ou contido;
entender-se.

Compreender as mulheres ... 

Aqui está uma tarefa interessante ...compreender as mulheres ..

Primeiro passo para compreender as mulheres, é não tentar pensar como é que elas pensam sobre nós ...pois essa tentativa está destinada ao insucesso. Elas nunca conseguem perceber a mente do homem ... apenas sabem que é mais simples, menos exigente e que só requer algumas atenções básicas ...
Compreender as mulheres no seu todo também é impossivel, sem olhar á unidade. Cada uma é diferente, e cada uma dá quase direito a uma tese de doutoramento! O pior é que acabada a tese de doutoramento perante apresentação da mesma, ela vai contestar que nos falta experiência prática, pois tivemos tempo demais mergulhados nos nossos pensamentos, nas nossas investigações ...

Tal como existe uma lei que impossibilita saber a posição e velocidade de uma particula simultaneamente, dizia o nosso amigo Heisenberg. Também é impossivel fazer uma mulher feliz e compreendê-la ao mesmo tempo.
O acto de fazer uma mulher feliz por si é uma tarefa tão absorvente, exigente, delicada e especial, que impossibilita qualquer possibilidade de conseguir compreender os seus actos, sentimento, medos, etc.
Por isso que quando se está de fora sempre se compreende o que a namorada do amigo, a mãe diz do pai. O mesmo quando se acabou se consegue à distância perceber melhor as mulheres.
Quando se está lá, emaranhado, isso é totalmente impossivel, somente se pode fazer uma lista mental, do género, gosta/desgosta/detesta :) ... mesmo essa lista ás vezes muda radicalmente, e sem razão aparente.

Portanto escolha mulher feliz ou mulher compreendida... os dois juntos ...impossivel!

PS: Por isso que há aqueles gajos que as compreendem sempre mas elas nunca querem nada ...já dizia o Seinfield ... e todos já nos sentimos assim

terça-feira, outubro 11, 2005

A minha vida não dava um blog... 

Ao fim de algumas insistências decidi-me a escrever umas linhas num blog. Já tinhamos criado este, e para fazer algumas pessoas felizes :) recomecei.

Ok, primeiro como não ser chato num blog? Falar de coisas interessantes com que façam algum visitante anónimo, achar piada e perder algum tempo a ler? Ou escrever algo só para os amigos? Ou mesmo ter um blog com os segredos mais secretos, as verdades mais escondidas, nossos piores medos e fazer uma catarse?

Realmente não sei a resposta mas se dizem que o site
http://lepetitfred.blogspot.com/ tem leitores ...qualquer um terá ... eh ehehe heh :) toma petitFred!:)

Ok será que hoje me apetece trabalhar? E a ti? Sim? Então pará já de ler este blog e vai dedicar-te ao teu oficio deixa de ser uma pessoa preguiçosa!!!! :)

segunda-feira, outubro 10, 2005

Dedicatória 

Estava um homem a guardar o seu pequeno rebanho de ovelhas quando, de repente, lhe aparece um Engº montado num tractor 4x4, último modelo, todo artilhado com tudo quanto é extras, fato Hugo Boss, sapatos DKNY, óculos Calvin Klein.

Aproxima-se do velho pastor e diz-lhe:
- Ouça lá... se eu determinar o número de ovelhas existentes no seu rebanho, ganho uma? Assombrado, o velhote concordou.

O Engº dirige-se ao 4x4, saca de um Toshiba Tecra 8000 com 1 GB de RAM, liga-se à Internet por GSM, faz download de uma base de dados de 300 MB, entra numa página da NASA localizando por satélite a região exacta onde se encontra o rebanho, executa uma média histórica da massa de uma ovelha Merino mediante uma tabela dinâmica de Excel, com a execução de algumas macros personalizadas em Visual Basic, obtém um diagrama de fluxo e, meia hora depois, responde ao velho:
- Você tem 47 ovelhas no seu rebanho e 4 estão grávidas.

O pastor assentiu sem grande emoção e disse-lhe que podia levar uma ovelha.
O Engº assim fez e, quando já estava para partir, o pastor chamou-o e perguntou:
- Se eu adivinhar onde vocemecê estudou e que curso tirou, devolve-me a ovelha?

O Engº sorriu e respondeu "Claro, claro!...", enquanto acomodava o animal no tractor.
- Vocemecê estudou Engenharia na FEUP! - disse de imediato o pastor.

O outro desceu do carro e, espantado, perguntou-lhe como sabia isso.
- É fácil... - respondeu o pastor - e por 4 razões:
Primeiro, pelo seu ar de superioridade;
segundo, porque apareceu sem que eu o tivesse chamado;
terceiro, cobrou por me informar de algo que eu já sabia;
e, por último, porque não percebe nada do negócio.

Agora, se faz favor, devolva-me o cão!

domingo, outubro 26, 2003

O café 

Finalmente... um meio de publicarmos as nossas aventuras, ideias e dissertações
para o livro das nossas vidas.
O velho poeta, o ponto de encontro para o contar das nossas vivências, agora em
formato Blog sem café nem torrada.
Por agora a duas maõs, mas aberto a todos que como nós tentaram seguir um caminho diferente e queiram partilhar a sua experiencia.

Procura-se Veterinário e Turista para acabar o livro. (A4mãos)