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terça-feira, julho 18, 2006

... a minha avó (10/07/1913) 

2 julho de 2006

lá fora já é noite e escuro ... cá dentro está um menino assustado, alguém que quer carinho, e encolher-se todo no sofá com a cara no colo da avó que fazia festas e dizia que eu era lindo, que queria a minha companhia e atenção e ficava muito contente comigo a seu lado, dando me aulas de Francês, ajudando-me nos trabalhos de casa. Ela ficava sorridente e feliz de me ver, e chamava por mim, queria-me do seu lado, gostava muito de mim.

Mais tarde já era eu adolescente, e era eu quem vinha de mota visitá-la, lanchava e ficava a conversar com ela e com a empregada, a D. Lurdes. Elas ficavam as duas contentes e eu também, às vezes eu não tinha aulas e vinha com sono dormir até casa dela, e dormia no sofá após beber um chocolate quente e umas bolachihas.

A minha avó mimava e que bom que era, que bem que sabia, tenho saudades disso, tenho saudades dela e do seu amor, queria que ela estivesse aqui junto de mim, com o seu sorriso lindo, pedindo atenção, querendo beijinhos e trazendo chocolates para nós, a nossa alegria da semana, os nossos maltesers, que nos faziam istantaneamente felizes.

Que amor mais bonito que o de uma avó? que amor mais fácil, sem exigências que não a presença, o carinho, a atenção ... sem obrigações.Queria que neste natal a minha avó viesse donde está visitar-nos e se senta-se à mesa, e dissesse que queria presentes, e fizésse birra para ser a primeira abrir os presentes.

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