quarta-feira, outubro 26, 2005
De repente acordei e já não era criança..
Num dia de sol, num bonito dia, bem disposto, acordei.
Estava cheio de apetite, queria pular, correr e saltar... viajar pelos cantos do mundo, ouvir musicas exóticas e comer comidas de outros mundos...
Levantei-me e ao passar pelo espelho vi o reflexo de um estranho...
Assustei-me... eu estava sozinho em casa... como puderia alguém lá ter entrado... seria alguém perigoso?
Rapidamente saí da casa de banho assustado. Não queria acreditar... era eu...
Já não era mais aquela criança, pequenina, que me punha em bicos de pés para me ver ao espelho, não era aquela criança que adorava desenhos animados e doces, e para a qual a idéia de paraíso era brincar com os primos na quinta dos avozinhos. Já não era mais aquele ser de cara inocente, naif, que acreditava que todos eram meus amigos, e que os príncipes e princesas viviam felizes para sempre.
Que susto tive de novo...
Bastantes dias mais tarde, com uma foto da infância na mão, fiquei petrificado. Quase já não a reconhecia, uma criança tão pequena e magrinha, com a roupa da escola e um sorriso de orelha a orelha, dentes de leite, cabelo liso e com repas, ombros fininhos e pele lisinha.
Que se passou? Quem me levou essa criança? Que me fizeram? Que me fez o mundo e a vida?
Quem decidiu que eu tinha de crescer? Porquê? Para quê?
... é o ciclo da vida... dizem os sábios... aqueles sábios que apareciam nos nossos livros de criança e nos nossos sonhos...
Às vezes imagino que se fosse possível cruzar-me na rua (agora do mundo dos
grandes) comigo próprio do mundo dos pequenos, será que reparava em mim?
Será? Será que iría querer brincar comigo? Que me ia deter no meio da rua, parar e falar com essa já estranha pessoa? Será que a reconhecia e decidia atirar os livros, responsabilidades e conquistas, pela liberdade de sonhar todo o dia, correr pelos campos e brincar?
Levantei-me e ao passar pelo espelho vi o reflexo de um estranho...
Assustei-me... eu estava sozinho em casa... como puderia alguém lá ter entrado... seria alguém perigoso?
Rapidamente saí da casa de banho assustado. Não queria acreditar... era eu...
Já não era mais aquela criança, pequenina, que me punha em bicos de pés para me ver ao espelho, não era aquela criança que adorava desenhos animados e doces, e para a qual a idéia de paraíso era brincar com os primos na quinta dos avozinhos. Já não era mais aquele ser de cara inocente, naif, que acreditava que todos eram meus amigos, e que os príncipes e princesas viviam felizes para sempre.
Que susto tive de novo...
Bastantes dias mais tarde, com uma foto da infância na mão, fiquei petrificado. Quase já não a reconhecia, uma criança tão pequena e magrinha, com a roupa da escola e um sorriso de orelha a orelha, dentes de leite, cabelo liso e com repas, ombros fininhos e pele lisinha.
Que se passou? Quem me levou essa criança? Que me fizeram? Que me fez o mundo e a vida?
Quem decidiu que eu tinha de crescer? Porquê? Para quê?
... é o ciclo da vida... dizem os sábios... aqueles sábios que apareciam nos nossos livros de criança e nos nossos sonhos...
Às vezes imagino que se fosse possível cruzar-me na rua (agora do mundo dos
grandes) comigo próprio do mundo dos pequenos, será que reparava em mim?
Será? Será que iría querer brincar comigo? Que me ia deter no meio da rua, parar e falar com essa já estranha pessoa? Será que a reconhecia e decidia atirar os livros, responsabilidades e conquistas, pela liberdade de sonhar todo o dia, correr pelos campos e brincar?
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